Abuso sexual: Causas , consequências psicológicas e conselhos



 

Por Katssekya Samuel

Abuso sexual é um problema de saúde pública. De acordo com a (OMS 1999) , abuso sexual é  todo acto de violência sexual  em que a vitima é menor ou adolescente. Este fenómeno tem muito a ver com  as transgressões morais e legais. Quando se fala de abuso sexual nós temos a dizer que ele ocorre contra a vontade da criança ou do adolescente e naquelas situações em as crianças são persuadidas pelo agressor a terem relações sexuais. As famílias devem entender que os abusos sexuais acontecem   através das relações de poder, de confiança entre a vítima e o agressor e, mesmo em certos casos, através de violência psicológica onde aparecem ameaças e outros tipos de comportamentos que decorrem esses abusos. O mais importante é sabermos que o objectivo do abuso sexual, apenas tem um lado mais marcante, que é o lado da gratificação sexual do agressor. O  fenómeno de abuso sexual pode ocorrer em diferentes contextos: intrafamiliar e o extrafamiliar.  No que diz respeito ao contexto intrafamiliar é quando o agressor é um membro da família nuclear ou alargada.  No contexto extrafamiliar é   aquele que acontece quando um vizinho ou pessoas desconhecidas se envolvem com uma criança ou um adolescente.

Tendo em conta do que acabamos de referir, quais são as causas do abuso sexual?

Relativamente às  causas do abuso sexual, temos a referir o perfil do abusador. De acordo com várias literaturas da psicologia , existem alguns indicadores que nos permitem determinar o perfil do individuo que comete crimes sexuais. Por norma, o criminoso sexual é um solteiro, mora sozinho, é reservado e inseguro, tem dificuldades  em manter relações afectivas por muito tempo e também tem um código próprio para se comunicar com outros pedófilos que também são criminosos sexuais. Deste modo, podemos inferir que as causas do abuso sexuais, vistas a partir do perfil do abusador, estão relacionadas com a personalidade do agressor.

Visto que o abuso sexual afecta , de forma irreversível a  saúde física, mental, afectiva  e sexual da criança ou do adolescente(ROMARO; CAPITÃO, 2007, p. 144),  aconselho as famílias  que  as vitimas de abusos sexuais,  para além de irem ao médico, devem também fazer um  acompanhamento psicológico  no mínimo um ano,   para minimizar o impacto do trauma causado pela violência sexual. Verdade seja dita, os adolescentes, as crianças quando são abusados sentem medo do agressor, falta de apetite, têm pesadelos, estão sempre tristes e tem expressão sentimentos de culpa, quer a nível consciente e inconscientemente. E se este sentimento de culpa se não for tratado por sessões de psicoterapias, por um psicólogo clínico, poderá descambar para perturbações psicológicas como o stress pós-traumático e depressão. Deste modo, aconselhamos as famílias a darem educação sexual aos filhos, ensinando que ninguém pode tocar-lhes nas partes íntimas  quer seja por um membro da família, quer seja por pessoas desconhecidas e que quando isso correr, devem contar a família. Por outro lado, as famílias   devem ficarem atentos a estes sinais e ouvir as crianças, pois muitas famílias não denunciam   estes crimes sexuais por vergonha quando o agressor é um elemento da família.  Sendo que o abuso sexual é um fenómeno universal e não há formas de acabar com ele, mas tomando algumas medidas é possível minimizar. 

Um outro conselho é mais   institucional. As instituições devem fazer um levantamento de indicadores de abusos sexuais, dando uma ênfase particular, naqueles que são perpetrados por indivíduos adultos. Apesar de existirem indicadores de agressores sexuais dos 14 aos 17 anos é a partir destes indicadores de abuso sexuais que acontece nos bairros e não só, que se poderá gizar políticas, programas direcionados fortalecimento a prevenção e ao fortalecimento das redes de prevenção de atendimento psicológicos as vítimas de abuso sexuais e defesa. Indubitavelmente, a prevenção quer por parte do governo quer por parte das famílias, é o primeiro passo    no combate ao abuso sexual.

Referências consultadas

LLeal, I. (1999). Entrevista Clínica e Psicoterapia de Apoio. Lisboa: ISPA.

Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV E V) .2002. 4 Edição. Editora: Climepsi


 

 

 

 

 

 

 




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